Tecnologias estratégicas para 2017

A Gartner revelou as tendências que considera estratégicas para a maioria das organizações no próximo ano, ou seja, aquelas que têm maior potencial disruptivo.

Tecnologias estratégicas para 2017

Estas tecnologias são a base da “malha digital inteligente”, segundo a Gartner. “As primeiras três abraçam a ‘inteligência em toda a parte’, o modo como as tecnologias de data science estão a evoluir e a incluir machine learning avançado e inteligência artificial, permitindo a criação de sistemas de inteligência física e software-based, programados para aprender e adaptarem-se”, explica David Cearly, vice-president e Gartner Fellow. “As três seguintes centram-se no mundo digital e em como as dimensões físicas e digitais se estão a mesclar. As últimas quatro tendências centram-se na interligação de plataformas e serviços necessários para entregar uma malha digital inteligente”.   

 

Inteligência Artificial e Machine Learning

A inteligência artificial (IA) e o machine learning são compostos por diversas tecnologias e técnicas. As mais avançadas estão para lá dos algoritmos tradicionais, para criarem sistemas capazes de compreender, aprender, prever, adaptar e potencialmente operar de forma autónoma. É o que faz com que as máquinas pareçam “inteligentes”.

“A inteligência artificial aplicada e o machine learning avançado darão origem a um espectro de implementações inteligentes, incluindo dispositivos físicos (robôs, veículos autónomos, eletrónica de consumo) assim como apps e serviços (assistentes pessoais virtuais, smart advisors)”, comenta David Cearley. “Estas implementações serão entregues como uma nova classe de apps e ‘coisas’ obviamente inteligentes, da mesma forma que oferecerão inteligência embutida para uma vasta gama de dispositivos e software, assim como soluções e serviços”.

 

Apps “Inteligentes”

Algumas apps inteligentes conseguem realizar tarefas humanas, como é o caso das assistentes pessoais virtuais, que conseguem não só executar as tarefas de um humano como torná-las mais simples (ao destacar os conteúdos e as interações mais importantes, por exemplo). Outras apps inteligentes, como as assistentes de cliente virtuais, estão mais dedicadas para tarefas como vendas ou serviço de apoio ao cliente. Para a Gartner, estas apps têm o potencial de transformar a natureza do trabalho.

“Durante os próximos anos, virtualmente todas as aplicações e serviços irão incorporar algum tipo de inteligência artificial”, reforça David Cearley. “Isto dará lugar a uma tendência a longo prazo que evoluirá continuamente e deverá expandir a aplicação da inteligência artificial e do machine learning para apps e serviços”.

 

“Coisas” inteligentes

Quando a Gartner se refere a “coisas inteligentes” está a referir-se a elementos físicos que vão além da execução de modelos de programação rígida, para explorarem a inteligência artificial aplicada e o machine learning, de modo a interagirem de forma mais natural com todo o ambiente circundante e com pessoas. À medida que estas “coisas inteligentes”, tais como drones, veículos autónomos e appliances, se espalham, a consultora prevê que, em vez destes dispositivos trabalharem individualmente, comecem a trabalhar em conjunto, num modelo colaborativo.

 

Realidade virtual e realidade aumentada

“A paisagem dos conteúdos e aplicações imersivos, de consumo e profissionais, irá evoluir dramaticamente até 2021”, afirma Cearley. “As capacidades da VR e da AR irão emergir com a rede digital de modo a formar uma malha de dispositivos mais seamless, capaz de orquestrar um conjunto de informação que é entregue ao utilizador sob a forma de apps e serviços hiperpersonalizados e relevantes. A integração através de ambientes multi mobile, de wearables, de IoT e de sensores irá ampliar as aplicações imersivas destas tecnologias além das experiências singulares e isoladas. Os espaços tornar-se-ão mais ativos e a sua conetividade com esta rede aparecerá e trabalhará juntamente com mundos imersos e virtuais”.
 

 

Digital Twin

O digital twin é um modelo dinâmico de software de algo físico ou de um sistema, que se baseia em dados de sensores para conseguir compreender o seu estado, responder a mudanças, melhorar operações e acrescentar valor. Estes modelos incluem uma combinação de meta dados, condição, estado (por exemplo, temperatura e localização) e analítica.

A Gartner prevê que dentro de três a cinco anos centenas de milhões de objetos sejam representados por digital twins. As organizações irão utilizá-los para, proativamente, repararem e planearem desde serviços de equipamento a processos de fabrico, como forma de aumentar a eficiência operacional.

 

Sistemas conversacionais

O foco atual sobre as interfaces com a capacidade de “conversar” está direcionado para dispositivos com microfone (smartphones, tablets, PCs). No entanto, a malha digital, como refere a Gartner, aporta um vasto conjunto de endpoints usados pelos utilizadores para acederem a aplicações e informação. Estes sistemas irão evoluir dos desktops tradicionais e dispositivos móveis para um conjunto completo de endpoints com os quais as pessoas poderão interagir.

 

Malha de aplicações e arquitetura de serviços

No mundo das aplicações e arquitetura de serviços, as aplicações móveis, web, de desktop e de IoT conetam-se a um conjunto de serviços back-end para criar o que os utilizadores entendem como “uma aplicação”.

A arquitetura engloba serviços e expõe as APIs a múltiplos níveis e em todas as fronteiras da organização, equilibrando a procura por agilidade e escalabilidade de serviços com composição e reutilização dos mesmos. 

Esta combinação permite que os utilizadores tenham uma solução otimizada para endpoints específicos da malha digital e uma experiência contínua em diversos canais.

 

Plataformas tecnológicas digitais

As plataformas tecnológicas digitais oferecem as bases para um negócio digital. Para conseguirem tornar-se digitais, os negócios devem estar focados em cinco estratégias: sistemas de informação, experiência do cliente, analítica e inteligência, IoT e ecossistemas de negócio.

 

Arquitetura adaptativa de segurança

A malha da inteligência digital e as plataformas tecnológicas associadas criam uma rede ainda mais complexa de segurança.
 “A monitorização do comportamento dos utilizadores e das entidades é uma adição crítica, em particular em cenários de IoT”, refere David Cearley. “Contudo, o auge da IoT é uma nova fronteira para muitos profissionais de segurança de IT, que têm a necessidade de estar a par de novas áreas vulneráveis e que necessitam novas ferramentas e processos de reparação que devem ser tidos em conta nas plataformas de IoT”.

 

Tags

RECOMENDADO PELOS LEITORES

REVISTA DIGITAL

IT INSIGHT Nº 48 Março 2024

IT INSIGHT Nº 48 Março 2024

NEWSLETTER

Receba todas as novidades na sua caixa de correio!

O nosso website usa cookies para garantir uma melhor experiência de utilização.